Agostinho Campos Neto - Um trabalho pela comunicação: Agostinho Campos Neto

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Agostinho Campos Neto - O Comunicador -

A cobertura política nas emissoras das Organizações Agostinho Campos Neto tinha e tem uma papel destacado dentro da mídia de Conselheiro Lafaiete. As transmissões durante o período de apuração eleitoral tornou-se uma marca de credibilidade e audiência.

Como comunicador, Campos Neto participava ativamente dessas transmissões através da Rádio Carijós - AM.

"Ele gostava de falar no rádio, gostava de comentar política e participar também das coberturas do carnaval. Campos Neto tinha paixão pelo Rádio, ele tinha outros negócios, mas, a paixão dele era a rádio, AM, ainda"
Gina Costa (funcionária jornalista das Organizações Agostinho Campos Neto)

A foto ao lado mostra Agostinho Campos Neto, ao telefone, durante transmissão do resultado da eleições de 1996. A repórter Gina Costa, à direita, participava pela primeira vez de uma cobertura eleitoral em Conselheiro Lafaiete. Ao centro está Olimar Flores, na época um dos diretores da Rádio Carijós.

Um comentário:

Anônimo disse...: visite fabricio
o site
http://edgarmorin.sescsp.org.br/
onde, acredito, a teoria dos fractais biográficos se faz presente.
Parabéns,
belíssimo trabalho.

Anizio; 6 de julho de 2007 às 11:52

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Biografia sem fim

A “Biografia Sem Fim”

Se tivéssemos a pretensão de relacionar todas as histórias da vida de Agostinho Campos Neto, ficaríamos um longo período catalogando esses dados e, na visão do autor Felipe Pena, ainda assim, não completaríamos essa missão. Diante dessa impossibilidade, o modelo tradicional de biografia funciona como uma espécie de quimera: o biógrafo persegue uma totalidade que nunca será alcançada.

Como alternativa a essa conduta, o autor Felipe Pena defende a tese da “Biografia Sem Fim” (2004), sob a alegação de que a vida de qualquer pessoa é feita de fragmentos. Sendo assim, ele acredita que, mesmo procurando o maior número desses “fractais biográficos”, uma biografia nunca se esgota em uma única obra.

Para o teórico e jornalista, uma biografia tradicional acata a coerência da existência narrada, ao adotar a forma diacrônica: nasceu, cresceu e morreu. Em sua teoria, Pena descarta essa forma tradicional. Ele entende que, no processo da construção textual, o biógrafo deve apenas transcrever o que os outros disseram.

Apesar dos capítulos anteriores apresentarem uma certa ordem diacrônica, procuramos a partir dos fractais apresentar, neste ponto do trabalho, as várias facetas de Agostinho Campos Neto, acatando, assim, o modelo proposto por Pena. Para isso, selecionamos trechos dos depoimentos colhidos durante a pesquisa, buscando um retrato multifacetado de Agostinho Campos Netos, o estudante, deputado, empresário e comunicador.

Felipe Pena esclarece como se dá esse novo processo biográfico de fractais:

Em uma biografia construída sob este conceito, não há limite para o nível de complexidade que se manifesta nas teias de conexões entre os fractais. Ao dividir o texto em capítulos nominais, e inserindo nesses capítulos estórias que se refiram a eles, o biografo assume o seu papel de interpretador. Mas também reconhece que essas estórias encaixam-se apenas primariamente nos capítulos nominais, podendo estar também em outros capítulos, já que os fractais, apesar de independentes, são autos-semelhantes. (PENA, 2004, pág. 62)

Ou seja, Pena acredita que um fractal poderia perfeitamente estar inserido no lugar de outro, e assim, por em diante. Dentro da teoria que defende, não se tem a preocupação de dar um sentido progressivo ao texto, como nos modelos tradicionais de biografia. Pena explica os motivos que o levam a reafirma a necessidade da produção de uma biografia fragmentada:

Cada vez mais, os profissionais da imprensa enveredam pelo jornalismo não cotidiano, buscando narrativas de fôlego em que reconstroem histórias e identidades. Mas, para isso, utilizam o mesmo referencial epistemológico de sua atividade diária nas redações. Daí a minha inquietação. É possível construir histórias e identidades com coerência e estabilidade numa época em que a realidade se apresenta em formas múltiplas e desconexas, deixando clara a sua complexidade? É possível escrever biografias como relatos diacrônicos de acontecimentos com significado e direção? É possível ignorar que os atuais espaços de produção, circulação e recepção desses textos que estão inseridos numa teia de conexões permeada por conceitos como indeterminação, caos, complementaridade e tolerância às ambigüidades? (PENA, 2006, pág. 162)

Como prefere resumir Pena, “a matriz da biografia sem-fim está comprometida em responder negativamente a todas essas perguntas”. O autor acredita que é impossível contar hoje a história de qualquer cidadão sem mostrar as suas várias faces. Um filho é o chefe no trabalho, é o amigo no boteco e o anônimo no meio da multidão. Portanto, uma pessoa interpreta vários personagens durante o percorrer do seu dia-a-dia. A partir dessa analise fragmentada, que Pena traz a luz o que dá embasamento a sua teoria da Biografia Sem-fim:

Não existe um verdadeiro biografado, apenas complexos pontos de vista sobre ele. O biógrafo assume que privilegia alguns desses pontos de vista, mas os privilégios são aleatórios, baseados na própria viabilidade de acesso às informações. Tudo o que temos são lacunas, e elas são infinitas. Não é possível contar essas histórias como elas realmente ocorreram, então limite-se a torna-las interessantes e divida seu trabalho com o leitor: (PENA, 2004, pág. 62)

Dessa forma, buscamos apresentar o personagem Agostinho Campos Neto, a partir do ponto de vista de algumas pessoas que conviveram ou tiveram contatos com ele. Na produção desse texto apenas organizaremos o que eles disseram. Mas, afirmamos, que, essa biografia não termina apenas com esta publicação.

Para darmos seguimento à construção da trajetória de Campos Neto, criamos um sítio na rede mundial de computadores no formato blog: (http://agostinhocamposneto.blogspot.com/). Através desse canal o leitor poderá escrever a sua versão fractal da vida de Campos Neto. A partir daí, a biografia passa a ter uma construção continua. Como afirma Pena:

Ou seja, o leitor é co-autor e o biografo, apenas um mediador, o responsável pela reconstrução das histórias dos outros. Enfim, uma função realmente coerente com o seu ofício. Como aplicação e exemplo dessa teoria, realizei trabalho de campo e elaborei uma biografia em fractais de Adolfo Bloch, dono da revista e da extinta tv Manchete, que morreu em 1995. o texto está divido em dezenove grandes fractais/capítulos. Cada um deles contém outros pequenos fractais/histórias que tomam o maior como referencia, em um total de 158 abordagens sobre o personagem. (PENA, 2006, pág. 163)

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